quinta-feira, 30 de junho de 2011

Da longa estrada...


A estrada...longa estrada cheia de sinuosas curvas parece me levar ao destino que almejo alcançar. Como um caminhoneiro que deixa para trás sua história e com sua bagagem a punho se lança rumo ao porvir, me arrisco a seguir.
Estrada nova. Estrada desconhecida. Olho para os canteiros a fim de aproveitar a jornada. O céu com nuances de azul apresenta-me o sol, que teima em se esconder pedindo ajuda ao horizonte adiante. Seus raios iluminam os meus olhos e me levam a enxergar o que me aguarda.
Esperança...Aquele caminhoneiro que não larga sua bagagem traz também consigo o desejo. Desejo de chegar ao seu porto seguro, ao lugar onde tudo faz sentido e se faz claro como a luz do sol que outrora contemplei, e contemplo.
As curvas me levam por caminhos árduos, caminhos que aparentemente podiam parecer mais fáceis, mas a dor...Ah, ela não era, não é. Os desvios me fizeram pensar que não mais chegaria, e acreditar que por planos que fugiam do meu alcance eu não merecia estar ali. E apesar dos canteiros, do céu e de tantas outras coisas, o caminho foi doloroso.
_ Não existe um viver sem marcas, tentar apagá-las é perder a própria bagagem.
E ao assim pensar, vejo que posso sim chegar. Melhor! Que estou chegando! E, percebo que o sol _aquele que ilumina a todos_ se faz presente em qualquer lugar, seja qual for o caminho. E comigo também esteve.
_ De volta pra casa _ penso ao encarar meu destino. E é tão engraçado! É um destino novo, um solo novo. Piso com cuidado, mas sinto: é a minha casa. Ali tenho paz, alegria, realização. E terei sim, momentos difíceis, mas o que há dentro de mim mostra-me que estes serão contornados. Ali tenho, e terei, plenitude. Atitude. Lutarei para permanecer.
E o Sol...Hoje o sinto mais forte. Hoje não só ele está comigo, mas em mim, me mostrando os caminhos perenes...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

De como viver melhor...


Uma lição que às vezes aprendemos com as circunstâncias da vida, que não mima ninguém nem espera o curso de qualquer humano:
    Aprender a viver um dia de cada vez...

    Acordar de outra forma, sentir-se casada novamente (com outra pessoa), tomar o desjejum, trabalhar novamente (em trabalho diferente), conviver novamente (com pessoas diferentes), fazer tudo dentro de um dia diferente, esperar um anoitecer diferente, sentir-se diferente, morrer para reviver depois de algumas horas, mutabilidade do viver...

    Não se entra duas vezes no mesmo rio...

    Que a vida me dê a paz e a sabedoria para continuar, vivendo assim. As expectativas se esvaíram. O importante agora, é o agora. O que virá depois, daqui a um minuto que seja, pode não ser o bastante para fazer valer a pena a perda deste momento.

    "[...]Às vezes ando só trocando passos com a solidão, momentos que são meus, e que não abro mão...já sei olhar o rio por onde a vida passa sem me precipitar e nem perder a hora...escuto o silêncio que há em mim e basta! outro tempo começou pra mim agora! Vou deixar a rua me levar...[...]Tenho ainda muita coisa pra arrumar, promessas que me fiz e que ainda não cumpri...Palavras que aguardam o tempo exato pra falar...coisas minhas, talvez você nem queira ouvir...já sei olhar o rio por onde a vida passa..." (Pra rua me levar - Ana Carolina)

domingo, 19 de junho de 2011

Da miséria...


ILHA DAS FLORES
NÃO É FICÇÃO...
Sem necessidade de comentários adicionais...
Vale reflexionar...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Da expressão através da música...


SENSAÇÕES

Eu me perdi, perdi você
Perdi a voz, o seu querer
Agora sou somente um,
Longe de nós, um ser comum

Agora eu sou um vento só a escuridão
Eu virei pó, fotografia, sou lembrança do passado
Agora sou a prova viva de que nada nessa vida
É pra sempre até que prove o contrário

Estar assim, sentir assim
Um turbilhão de sensações dentro de mim
Eu amanheço eu estremeço eu enlouqueço
Eu te cavalgo embaixo do cair da chuva
Eu reconheço...

Que Estar assim, sentir assim
Um turbilhão de sensações dentro de mim
Eu me aqueço, eu endureço, eu me derreto,
Eu evaporo e caio em forma de chuva, eu reconheço:
Eu me transformo.


QUERO SIM

Eu tô com saudades
Da nossa amizade
Do tempo em que a gente
Amava se ver
Eu não sou palavra
Eu não sou poema
Sou humana pequena
A se arrepender
Às vezes sou dia
Às vezes sou nada
Hoje lágrima caída
Choro pela madrugada
Às vezes sou fada
Às vezes faísca
Tô ligada na tomada
Numa noite mal dormida
Se o teu amor for frágil e não resistir
E essa mágoa então ficar eternamente aqui
Estou de volta a imensidão de um mar
Que é feito de silêncio
Se os teus olhos não refletem mais o nosso amor
E a saudade me seguir pra sempre aonde eu for
Fica claro que tentei lutar por esse sentimento...
Diga sim, ouça o som
Prove o sabor que tem o meu amor
Cola em mim a tua cor
Eu te quero sim, SEM DOR...
Diga sim...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Da importância do calar...


"O homem arruína mais as coisas com as palavras do que com o silêncio."
(Mahatma Gandhi)
"Duas pessoas têm vivido em você por toda a sua vida. Uma é o ego, tagarela, exigente, histérico, calculista; a outra é o ser espiritual escondido, cuja silenciosa voz de sabedoria você somente ouviu ou reparou raramente - você revela em si mesmo o seu próprio guia sábio." 
(Sogyal Rinpoche)

 
Esses últimos dias foram meio "turvos" para mim. Coisas que acontecem por causa de palavras lançadas como setas em momentos de raiva. Não tenho reflexões belas a fazer, ou frases bonitas a dizer. Porque a alma humana nem sempre, nem apenas, está cheia de coisas belas. Hoje quero dizer apenas que preciso de ajuda, para que um dia eu seja compreendida. Preciso de crescimento, de maturidade, e de alguém que confie e acredite que vou conseguir o que procuro. Não preciso de setas, de ameaças, de arrependimento, nem de pena. Preciso de amor, de atenção, de alguém que me dê a mão e que queira caminhar ao meu lado na minha fraqueza, para que assim seja mais fácil me tornar forte. Sei que preciso trabalhar muita coisa em mim, e preciso de credibilidade. Preciso voltar a ser quem fui, me abrir mais para a vida, sair da concha e aproveitar o momento. Preciso me desprender e não me preocupar com quem vem e vai, sabendo que quem fica, fica porque quer. Preciso me tornar uma companhia mais agradável, para que minha presença seja desejada e não repudiada. Não sei em que momento me fechei, não sei em que momento coloquei a máscara de "assombrosa", mas nunca foi o que quis pra mim, não voluntariamente.
Esse texto é sim, sobre relacionamento. Uma coisa tão difícil, com arestas a serem aparadas e mais necessidade de reflexão antes de abrir a boca e piorar o silêncio. É sobre o meu pedido de ajuda, o meu pedido de socorro. Para que nunca mais eu precise abrir os meus ouvidos para escutar o que meu coração não tem capacidade de assimilar.
Não há culpados, apenas falta de compreensão, por enquanto. 
Espero que eu alcance a iluminação para ouvir e o dom da palavra sábia para conseguir ser compreendida...
"Me ame quando eu menos merecer,
pois é quando eu mais preciso"