segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Da Sétima Arte - Parte I


Conversando com minha amiga Debbs (www.bydebby.blogspot.com) eu expressava a minha total falta de inspiração para escrever por aqui...pedi sugestões e ela me mandou falar sobre "5 músicas que marcaram minha vida", depois sobre "Se eu fosse, eu seria..." e depois sobre algum filme que eu vi e recomendo...bem...vou começar pelo mais fácil...o filme. Já que assisti vários esse fds...

"De porta em porta"
Assisti esse filme a uns 2 meses atrás e foi um filme que tocou meu coração...trata-se de uma história real de Bill Porter, um homem com paralisia cerebral e limitações no falar e andar que arruma um emprego de vendedor de porta em porta e consegue superar todos os seus limites. O filme é bastante indicado no mundo corporativo como referencial para cativar pessoas e fazer vendas bem sucedidas. 
Mas não é isso que toca no filme. É simplesmente o exemplo.


Bill sofre preconceito (mal da humanidade hoje!) por ter uma deficiência, porém insiste em lutar pela vaga de vendedor e pede ao empresário a rota que ninguém quer para fazer as vendas. Assim, mesmo desacreditado, o dono da empresa concorda em contratá-lo. Bill com toda dificuldade conquista seus clientes e supera as expectativas de todos, até mesmo as suas, passando 40 anos no ramo de vendas e tendo todo o reconhecimento que jamais imaginou ter.
Fico observando como nós "pessoas normais" impomos tantas limitações e pensamos tão negativamente quando se trata de qualquer pequena dificuldade que enfrentamos. Nós em toda a nossa "normalidade" somos deficientes em acreditar na superação. 
E como este homem foi positivo! Como ele acreditou e buscou!
Observo também o amor de sua mãe, que o faz acreditar que ele pode fazer qualquer coisa que quiser, o apoia e admira, e acima de tudo o ama com todas as suas forças. Como as palavras dos pais podem mudar a forma de uma pessoa ver o mundo! Pais, prestem atenção nisso! Seus filhos precisam do seu apoio, colo, conselho e carinho. Eles jamais trocariam isso pelo seu dinheiro, ou por um presente qualquer! 
Bem...é um filme e tanto...tem muito o que se falar...mas fico por aqui...
Recomendo muito!
Sds! Ótima semana!!

domingo, 18 de setembro de 2011

Do domingo...


Um domingo diferente...decidimos em cima da hora pegar a estrada e ir passear...há tempos não fazíamos isso. Pegamos os amigos e fomos pro Ma-Noa Park em Maracajaú...foi tudo de bom!! Impagável nossa cara descendo nos tobogans uns atropelando os outros!! Rimos horrores! Depois viemos pra casa, fizemos um niver pra Biba (parabéns Biba! Agora é uma mocinha "de maior"!), conversamos, jogamos...e ainda vamos fazer mais coisas! Festa do pijama! KKKK
E como é bom rir! Como é bom curtir esses momentos! É vida! Ponto.
Nunca mais havia postado...na verdade estou sem muito saco pra internet...sei lá...tipo, quero viver no mundo real. Postar o que se faz no dia nem sempre é interessante...mas queria escrever um dia legal...
Sds a quem me acompanha...vou tentar postar algo mais interessante em breve!


sábado, 27 de agosto de 2011

Do primeiro exame...


Hoje fiz meu primeiro exame de faixa no Kung Fu...agora sou faixa amarela!
Foi ótimo, tenho muito a aprender e corrigir, mas Kung Fu é isso...repetir, aperfeiçoar, nunca desistir de tentar!
Kin lai!
Sds!

LEMBRANDO: 
Amanhã 28/08
Palestra com o 
SiFu Raul Marcelo
"FILOSOFIA KUNG FU"
10h - Tao Kuan (Cruzamento da Jaguarari com a Presidente Bandeira)
GRATUITO E ABERTO A QUEM INTERESSAR!



"O Kung-Fu é originário da China e nasceu da necessidade de sobrevivência dos antepassados na luta contra animais ferozes e contra inimigos.Conta a lenda que certa vez, um monge chinês -Ta Mo - subiu numa montanha e se pôs a contemplar o movimento dos animais, as posições que tomavam para a luta e a maneira como se defendiam dos ataques. Observando tais movimentos, desenvolveu um trabalho de adaptação desses animais para o homem, estruturando-os de acordo com as possibilidades físicas do homem. Assim nasceu o Kung-Fu, como chamam os ocidentais esta luta chinesa. De um modo geral, estrutura o corpo físico, em combinação com a mente, extravasando as ansiedades, angústias e stresses acumulados no dia a dia, fortalecendo-os.Pode ser praticado por adultos e crianças de ambos os sexos.Combina-se ginástica completa de todo o corpo, bem como movimentos, denominados Katis, onde compila-se, em sequências baseadas em movimentos de animais, mãos e pernas.Decorrentes das observações dos ataques dos animais, de onde originou-se o Kung-fu, surgiram os vários estilos praticados no mundo, conseqüentes das mutações e adaptações para o ocidente. Esta arte marcial milenar vem orientando as pessoas, bem como ajudando os jovens a se direcionarem em disciplina, respeito com os colegas. Hoje a realidade brasileira mostra uma arte marcial chinesa (Kung-fu), voltada para o bem estar físico e mental do praticante. Não há para o seguidor, na medida em que passa a conhecer o fundamento da doutrina, aspirações de ser um "lutador profissional", seu treinamento é voltado para o relaxamento da mente e o desenvolvimento corpóreo, atribuindo-lhe saúde e bem estar."

sexta-feira, 19 de agosto de 2011

Do primeiro pensar...


"Canta que é no canto que eu vou chegar...canta o teu encanto que é pra eu me encantar...Canta para mim, qualquer coisa assim sobre você que explique a minha paz!"

(Casa pré-fabricada - Marcelo Camelo)

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

Do simples...



Ontem voltava da academia para a casa da minha mãe, de ônibus, e experimentei a sensação do vento no meu rosto enquanto ouvia Bossa nos fones de ouvido...fechei os olhos e me deu saudade de viajar de ônibus. Viagens de ônibus são muito mais reflexivas e prazerosas que de avião, pelo menos para mim. Devo ser minoria, mas prefiro ver as paisagens e ter mais tempo para aproveitá-las. Nada contra o céu, mas ele guarda um pouco menos de surpresas...
Sentir o vento no rosto é como se nos enchêssemos de essência. Da nossa essência.
É como se o mundo nos invadisse.
É curioso como as coisas mais simples podem ser tão prazerosas. Senti a brisa e foquei meus pensamentos. Senti-me respirar. Pensei em diversas coisas que aconteceram no dia, alguns fatos agradáveis, outros nem tanto, e deixei passar. Pensei nas pessoas com quem falei e no que elas poderiam estar fazendo naquele momento em que eu estava ali. Pensei que eu poderia começar a meditar. Já tentei, tenho a mente inquieta, preciso praticar muito para conseguir. É fato. Se não, naquele momento não teria pensado nisso tudo! Teria apenas relaxado e esvaziado.
Mas o vento me fez bem. Me fez estar ali. Mesmo num ônibus comum encontrei a paz.

“O vento toca o meu rosto me lembrando que o tempo vai com ele
Levando em suas asas os meus dias, desta vida passageira...
Minhas certezas, meus conceitos, minhas virtudes, meus defeitos
Nada pode detê-lo...”

Boa noite! Saudações a quem me acompanha!

quarta-feira, 17 de agosto de 2011

Das mudanças...




Estou em processo de mudança de endereço...o que me leva a pensar nas mudanças mais significativas. É fato que o ser humano tem certa rejeição à mudança, ao novo, ao desconhecido.
É difícil se lançar no abismo sem sabe do que é feito o chão...

A mudança “física” já é chata, e essa mudança conseguiu me tirar do sério, me fez chorar, explodir, ser irritante...(Morte à burocracia imobiliária e aos destruidores de móveis!) E foi só uma mudança de endereço, apenas uns 400 metros...

Temos ciência de que o mundo está em constante mutação, das grandes às pequenas coisas. Mas as mudanças interiores são ainda (e sempre) mais árduas, não implicam apenas em alguns móveis quebrados ou em cansaço físico. São AS mudanças.
Depois de “tantos” anos de vida ainda não me acostumei com certos tipos de mudança. Ainda tenho demais o que melhorar, o que mudar em mim. Ainda estou longe do Caminho do Guerreiro. Apesar de acreditar que identificar nossos próprios defeitos já é um primeiro passo. E estou conseguindo me observar nesse sentido.

Os observadores conhecem bem as mudanças. Eles até as admiram. É o fluxo natural mas a maioria reluta.

Hoje o dia amanheceu chuvoso, e agora o sol irradia. Como diria Lulu Santos “Nada do que foi será de novo do jeito que já foi um dia[...] Tudo muda o tempo todo no mundo[...] Há tanta vida lá fora!”

Aprender a aceitar e querer mudar o que for preciso...desafio do dia. Da vida.

Carpe Diem.

Saudações aos que me acompanham!

quarta-feira, 10 de agosto de 2011

Do persistir...






É engraçado como a dinâmica do mundo leva-nos a não persistir muito nas coisas hoje em dia...se está difícil tem outra alternativa, tem um caminho mais fácil, uma válvula de escape. E aí, mais uma desistência...Mais um curso não terminado, mais uma relação terminada, mais um objetivo postergado, ou eliminado. Engraçado não, na verdade é triste.
Não sei se ando decepcionada com o mundo ultimamente. Mas não quero me decepcionar comigo mesma. E isso é o mais importante. Nunca fui de desistir, não das coisas essenciais. Minhas desistências foram sempre a respeito de algo que me era nocivo, ou de algo que não era tão importante para o meu crescimento.
Vejo tanta gente desistindo de tanta coisa. Não quero ser mais uma.

Kung fu é não desistir, do que quer que seja. Porque tudo é Kung Fu.


"É mais louvável cair tentando a desistir se acovardando."

sábado, 6 de agosto de 2011

Da superficialidade...



"Existe a quem falte o delicado essencial."
(A hora da estrela - Clarice Lispector)


A cada dia me espanto com a superficialidade do ser humano. A superficialidade das relações humanas. É incrível como o mundo de hoje valoriza o vazio, se o vazio tem status. As amizades são trocas de interesses, o amor é contrato, o sorriso é apenas porta de entrada e o choro tem causas vãs.
Ah...quem dera eu tivesse vivido em tempos antigos...
Como a superficialidade causa danos!

Já parou para refletir que a grande maioria das pessoas alega que a pessoa que mais amou é aquela que não está com ela por algum motivo? E que nunca "classificamos" como amor aquilo que sentimos por quem está ao nosso lado? É costume, rotina, apego, nunca amor. O amor se tornou superficial, planejado. Por que? O mundo nos mostra um vago sentir que leva ao sofrimento, que gera uma carapuça de defesa, que traz o amor planejado. Aquele que só pode ir até um certo limite, que se ultrapassado só trará uma coisa: mais sofrimento. E isso ninguém quer. Resultado: mais superficialidade como sentimento.
Já parou para refletir que a amizade verdadeira, sem pedir algo em troca, hoje, é fábula? Experimente não ter o dinheiro do cinema, do lanche, da passagem. E veja se seu telefone toca. Experimente não levar presente no dia do aniversário, e veja se chega convite.
Mundo desvairado, sem essência, sem compaixão, sem amor.
Mundo "velho e decadente mundo" como diria Zeca Baleiro, que não aprendeu a amar a essência. 
"A admirar a verdadeira beleza, que põe mesa. A beleza do erro, do engano, da imperfeição"
Temos que buscar a essência, em nós. Nos iguais.

sábado, 30 de julho de 2011

Da esperança...


Essa música nos acompanha há um tempo...e vale a pena ser compartilhada...
Ótimo dia a todos que me acompanham!!

domingo, 17 de julho de 2011

Dos ciclos...


Amanhã uma nova semana começa. Uma semana que, tratando-se de trabalho, começo de novo...Tantas lembranças ficaram de tudo o que vivi ali...tantas amizades ficaram agora fisicamente separadas. Apenas fisicamente. A despedida foi dura. Pra mim e para os verdadeiros amigos. Mas foi um ciclo que se fechou. Agora começa uma nova fase, novo desafio, novas experiências. A vida. Encontros e Despedidas.

Que essa semana seja maravilhosamente proveitosa a todos os que me acompanham em minha jornada...Que tenha o gosto de uma trufa da Cacau Show, aquela do melhor sabor: doce e, ao mesmo tempo, marcante. Uma linda semana! Sorte a todos! Luz Sempre! Sds!

FECHANDO CICLOS


Sempre é preciso saber quando uma etapa chega ao final. Se insistirmos em permanecer nela mais do que o tempo necessário, perdemos a alegria e o sentido das outras etapas que precisamos viver.

Encerrando ciclos, fechando portas, terminando capítulos, não importa o nome que damos. O que importa é deixar no passado os momentos da vida que já se acabaram.

Foi despedido do trabalho? Terminou uma relação? Deixou a casa dos pais? A amizade tão longamente cultivada desapareceu sem explicações?
Ninguém pode estar ao mesmo tempo no presente e no passado. O que passou não voltará: não podemos ser eternamente meninos, adolescentes tardios, filhos que se sentem culpados ou rancorosos com os pais, amantes que revivem noite e dia uma ligação com quem já foi embora e não tem a menor intenção de voltar. As coisas passam e o melhor que fazemos é deixar que elas realmente possam ir embora.

O desfazer-se de certas lembranças significa também abrir espaço para que outras tomem o seu lugar. Deixar ir embora. Soltar. Desprender-se. Ninguém está jogandonesta vida com cartas marcadas. Portanto, às vezes ganhamos e às vezes perdemos.

Não espere que devolvam algo, não espere que reconheçam seu esforço, que descubram seu gênio, que entendam seu amor.
Pare de ligar sua televisão emocional e assistir sempre ao mesmo programa, que mostra como você sofreu com determinada perda: isso o estará apenas envenenandoe nada mais.

Antes de começar um capítulo novo é preciso terminar o antigo: diga a si mesmo que o que passou, jamais voltará. Lembre-se de que houve uma época em que podia viver sem aquilo, sem aquela pessoa. Nada é insubstituível, um hábito não é uma necessidade. Pode parecer óbvio, pode mesmo ser difícil, mas é muito importante.

Encerrando ciclos. Não por causa do orgulho, por incapacidade, ou por soberba. Mas porque simplesmente aquilo já não se encaixa mais na sua vida.
Feche a porta, mude o disco, limpe a casa, sacuda a poeira. Deixe de ser quem era, e se transforme em quem é.

Adaptação do texto de Sonia Hurtado, traduzido por Paulo Coelho.

Do querer...


QUERO O QUE NÃO SE PODE EXPLICAR AOS NORMAIS...
Bela música...Um ótimo domingo a quem me acompanha!
Bom dia, boa tarde, boa noite!

quinta-feira, 14 de julho de 2011

Da vontade...


Hoje, tenho apenas a lua como companhia...Eu queria estar aí...nessa paisagem...mais pertinho dela.

LUA ADVERSA
Cecília Meireles


Tenho fases, como a lua
Fases de andar escondida,
fases de vir para a rua...
Perdição da minha vida!
Perdição da vida minha!
Tenho fases de ser tua,
tenho outras de ser sozinha.

Fases que vão e vêm,
no secreto calendário
que um astrólogo arbitrário
inventou para meu uso.

E roda a melancolia
seu interminável fuso!
Não me encontro com ninguém
(tenho fases como a lua...)
No dia de alguém ser meu
não é dia de eu ser sua...
E, quando chega esse dia,
o outro desapareceu...

Do seguir...


Sem parar - Gabriel o pensador

"A vida é feito andar de bicicleta: se parar você cai.
Vai em frente sem parar, que a parada é suicida, porque a vida é muito curta e a estrada é comprida.
Você sobe e você desce na escada da vida e às vezes parece que a batalha tá perdida e que você voltou pro ponto de partida.
Vai à luta, levanta, revida!
Vai em frente, não se rende, não se prende nesse medo de errar, que é errando que se aprende que o caminho até parece complicado e às vezes tão difícil que você se surpreende quando sente de repente que era tudo muito simples - vai em frente que você entende.
Boa sorte, firme e forte, vai com a força da mente.
Vai sabendo que não há nenhum peso que você não agüente.
Vai na marra, vai na garra, vai em frente.
E se agarra no seu sonho com unhas e dentes.
Pra saber o que é possível é preciso que se tente conseguir o impossível, então tente!
Sempre alimente a esperança de vencer.
Só duvide de quem duvida de você.

Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Então não pára o movimento, vai em frente, vai!
Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Não repara no mau tempo que o sol já sai.
Vai em frente, sem parar que se parar você cai!
Vai em frente, enfrente, enfrenta, vai!

Vai agora, não chora.
Ignora a energia negativa lá fora, porque dentro de você existe um poder bem maior do que você pensa.
Vai atrás da recompensa e se houver inveja e se ouvir ofensa você responde com a força do perdão.
E aumenta sua crença cada que vez ouvir um não, porque todo não esconde um sim.
Ainda é só o começo, vá até o fim.
Aprenda nos tropeços, não olhe pro chão.
Olhe pro céu.
Olhe pra vida sempre de cabeça erguida que no fim do túnel tem uma saída, mesmo quando você não consegue ver a luz.
Feche os olhos que uma força te conduz.
Vai em frente, vai seguro, faz um furo nesse muro que o escuro se esclarece.
Vai em frente, simplesmente vai em frente que o futuro é um presente que a vida te oferece.

Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Então não pára o movimento, vai em frente, vai!

É na dor que o recém-nascido aprende a chorar.
Pra encontrar a cura você tem que procurar.
É no choro que o recém-nascido aprende a respirar.
Então respira fundo que a vitória tá no ar.
Vai indo, vai na tua, vai você.
Vai nessa, vai na boa, vai vencer.
Acredite no bem, que fazer o bem faz bem.
Faça o bem que faz acontecer.
Vai na fé, vai a pé, vai do jeito que der.
Vai até onde puder, vai atrás do que tu quer.
Vai andando, vai seguindo, vai pensando, vai sentindo, vai amando, vai sorrindo, vai cantando, vai curtindo, vai plantando e vai colhendo, vai lutando pela paz - vai dançando no ritmo que o tempo faz.
Vai de peito aberto.
Vai dar certo.
Confiante que o distante num instante fica perto.
Fica esperto, vai! Com a força de vontade.
Vai à vera, não espera a oportunidade.
Não aceita humilhação mas não perde a humildade.
E nunca abra a mão da sua dignidade.

Sem parar, sem parar, se parar você cai!
Demorou, demorou! Pedala aí!
Então não pára o movimento, vai em frente, vai!
Se parar você cai, se cair cê levanta."

quarta-feira, 13 de julho de 2011

Da vida...

 
 
 
"Compreendi, então,
que a vida não é uma sonata que,
para realizar a sua beleza,
tem de ser tocada até o fim.
Dei-me conta, ao contrário,
de que a vida é um álbum de mini-sonatas.
Cada momento de beleza vivido e amado,
por efêmero que seja,
é uma experiência completa
que está destinada à eternidade.
Um único momento de beleza e amor
justifica a vida inteira."
 
RUBEM ALVES

terça-feira, 12 de julho de 2011

Da poetisa...



Ode à Clarice...

Por não estarem distraídos

Havia a levíssima embriaguez de andarem juntos, a alegria como quando se sente a garganta um pouco seca e se vê que, por admiração, se estava de boca entreaberta: eles respiravam de antemão o ar que estava à frente, e ter esta sede era a própria água deles. Andavam por ruas e ruas falando e rindo, falavam e riam para dar matéria peso à levíssima embriaguez que era a alegria da sede deles. Por causa de carros e pessoas, às vezes eles se tocavam, e ao toque - a sede é a graça, mas as águas são uma beleza de escuras - e ao toque brilhava o brilho da água deles, a boca ficando um pouco mais seca de admiração. Como eles admiravam estarem juntos! Até que tudo se transformou em não. Tudo se transformou em não quando eles quiseram essa mesma alegria deles. Então a grande dança dos erros. O cerimonial das palavras desacertadas. Ele procurava e não via, ela não via que ele não vira, ela que, estava ali, no entanto. No entanto ele que estava ali. Tudo errou, e havia a grande poeira das ruas, e quanto mais erravam, mais com aspereza queriam, sem um sorriso. Tudo só porque tinham prestado atenção, só porque não estavam bastante distraídos. Só porque, de súbito exigentes e duros, quiseram ter o que já tinham. Tudo porque quiseram dar um nome; porque quiseram ser, eles que eram. Foram então aprender que, não se estando distraído, o telefone não toca, e é preciso sair de casa para que a carta chegue, e quando o telefone finalmente toca, o deserto da espera já cortou os fios. Tudo, tudo por não estarem mais distraídos.


Precisão

O que me tranqüiliza é que tudo o que existe, existe com uma precisão absoluta. O que for do tamanho de uma cabeça de alfinete não transborda nem uma fração de milímetro além do tamanho de uma cabeça de alfinete. Tudo o que existe é de uma grande exatidão. Pena é que a maior parte do que existe com essa exatidão nos é tecnicamente invisível. O bom é que a verdade chega a nós como um sentido secreto das coisas. Nós terminamos adivinhando, confusos, a perfeição.



Não Entendo

Não entendo. Isso é tão vasto que ultrapassa qualquer entender. Entender é sempre limitado. Mas não entender pode não ter fronteiras. Sinto que sou muito mais completa quando não entendo. Não entender, do modo como falo, é um dom. Não entender, mas não como um simples de espírito. O bom é ser inteligente e não entender. É uma benção estranha, como ter loucura sem ser doida. É um desinteresse manso, é uma doçura de burrice. Só que de vez em quando vem a inquietação: quero entender um pouco. Não demais: mas pelo menos entender que não entendo.



 Dá-me tua mão
Dá-me a tua mão: Vou agora te contar como entrei no inexpressivo que sempre foi a minha busca cega e secreta. De como entrei naquilo que existe entre o número um e o número dois, de como vi a linha de mistério e fogo, e que é linha sub-reptícia. Entre duas notas de música existe uma nota, entre dois fatos existe um fato, entre dois grãos de areia por mais juntos que estejam existe um intervalo de espaço, existe um sentir que é entre o sentir - nos interstícios da matéria primordial está a linha de mistério e fogo que é a respiração do mundo, e a respiração contínua do mundo é aquilo que ouvimos e chamamos de silêncio.


CLARICE LISPECTOR

terça-feira, 5 de julho de 2011

Dos devaneios num dia frio...


Frio em Natal. Eu gosto. Às vezes acho que eu deveria ter nascido no sul...
Talvez por isso tenha gostado mais de São Paulo do que achei que gostaria. Mas eu queria mesmo o sul, não o sudeste.
O frio pra mim é bucólico e mágico, nostálgico, me traz uma idéia de abraço, de aconchego. De saudade...
O curso segue. Mais um dia de "matança de tempo" no trabalho...bem que eu poderia estar no parque das dunas, que saudade do parque das dunas. Das folhas caídas de outono. Da música do som da mata. Que saudade das trilhas. Bem...tenho que estar aqui, por enquanto.
"- Mande notícias do mundo de lá _ diz quem fica". Lembrei dessa música da Maria Rita agora..."Encontros e Despedidas" uma letra sem igual! Alguém nesse mundo de Deus deve entender porque lembrei dessa música...Quero um show da Maria Rita. Do Zeca Baleiro (dia 05/08 - obaa!). Do Lenine (Um pouco mais de paciência...).
Que vontade de lua cheia! "Tenho fases, como a lua. Fases de andar escondida, fases de vir para a rua." Cecília é legal. Pode ser Lispector e sua Hora da Estrela talvez. Mas a lua...ah, a lua. "Eu quero uma lua plena, eu quero sentir a noite..." (Também quero um show da Ana Carolina!!) A lua já foi mais minha amiga. Eu que me afastei. Eu, ela e o mar, éramos um trio imbatível. Vou procura-la. E ao mar. Eles nunca me decepcionaram, sou uma ingrata. Tão ingrata quanto na última vez que me despedi do sol e nunca mais estive lá para me despedir novamente, nem ao menos estive quando ele voltou e me disse um bom dia sem resposta. A última vez que me despedi do sol foi no farol. Da barra.Saudades do Farol da Barra. Lugar de Paz.
Vermelho. Quero um vermelho vivo. Dizem que é paixão. Pra mim é vitalidade. Vermelho é a cor que quero hoje. "Vermelhos são teus beijos, quase que me queimam..." Música sempre. A música rege a vida. Som de Sax. Saudade do Saxofone. Quero retomar minhas aulas. Quero um sax pra chamar de meu...me acalma. Como o som do vento, do mar. Quero me encontrar com o mar. À noite. Me molhar em águas quentes.
Vou ouvir música. Esvaziei...ou não. Mentira, tô pensando. Não deveria, mas tô. É difícil esvaziar a mente, aí é que a gente pensa. Até o que não deve. Como eu queria ter nascido oriental. Essa prática parece tão mais fácil pra eles. Mas se existem outras vidas, em alguma delas eu fui Gueixa. Tenho certeza. E fascínio por elas. Quero uma coleção de Gueixas. Por enquanto só tenho três...mas é um começo. E não. Gueixas não são prostitutas. Ponto. Outra coisa que gostei em São Paulo. A Liberdade, o bairro. E as minhas Gueixas que comprei lá...Meu aniversário é em Maio, 24. Alguém me presenteie! =) Aumentem minha coleção! Geminiana. "Duas caras?" Eu não...Criativa talvez. Teimosa talvez. Inquieta demais talvez. Mas sou transparente demais pra ter "duas caras". Às vezes é ruim falar sem abrir a boca. Às vezes é bom, falar sem abrir a boca. Os olhos. Meus olhos querem ver um sinal de fumaça!! Nem que seja da turbina de algum avião no céu. Barras de cereais e Amendoins, eca. Pepsi quente com 500 pedras de gelo (Pode ser!). Coitadinho do povo que tá no avião, da Gol. Se for da Tam não é tão melhor.
Paisagem feia essa da minha janela. Concreto. Odeio! Quero o gorjear dos pássaros e o pendular das flores. Vou fugir. Quero uma flor de lótus. Ups, eu tenho uma gravada. Não, quero uma de verdade. Tem um problema...eu sempre mato as minhas plantas. Eu matei Jurema, minha orquídea branca. Matei até Cleófones, meu bonsai. Caramba. Sou incompetente com plantas. Acho que me dou melhor com mamíferos. Adultos, crianças e cachorros, às vezes gatos. Pena que tivemos que dar os nossos. Gatos. E cachorro. Todos encontrados na rua. Shanti Lee, ai Shanti Lee que saudades de você cachorrinho, estrelinha branca. Ainda bem que encontramos um dono, mas eu queria mesmo ter ficado com ele. Ele era igual a Sushi, só que branco. Era tão carinhoso...Cachorro fujão. Tomara que não tenha fugido do outro dono.
Quero ir ver um filme. Ainda não vi Kung Fu Panda 2, em 3D. Quero ver Amélie Poulain, mas não encontro mais poraí. Gosto de Francês. Não deveria ter parado as aulas. Ano que vem tento voltar. Je T'aime. Palavras difíceis que não deveriam ser ditas tão banalmente. Nem em francês.

Um bom dia para você que lê, onde quer que esteja, e que lembra de mim. Não, não fumei maconha, só estou tentando aquietar minha mente, vou parar por aqui. Nem tudo o que penso se transforma no que escrevo. Ainda não consegui. Esvaziar.


Listening:
Fogo - Capital Inicial

Você é tão acostumada a sempre ter razão
Você é tão articulada, quando fala não pede atenção
O poder de dominar é tentador
Eu já não sinto nada, sou todo torpor
É tão certo quanto calor do fogo
É tão certo quanto calor do fogo
Eu já não tenho escolha e participo do seu jogo, participo
Não consigo dizer se é bom ou mal
Assim como o ar me parece vital
Onde quer que eu vá o que quer que eu faça, sem você não tem graça
Você sempre surpreende e eu tento entender
Você nunca se arrepende
Você gosta e sente até prazer
Mas se você me perguntar eu digo sim, eu continuo
Porque a chuva não cai só sobre mim
Vejo os outros, todos estão tentando
e é tão certo quanto calor do fogo
Eu já não tenho escolha e participo do seu jogo, participo
Não consigo dizer se é bom ou mal
Assim como o ar me parece vital
Onde quer que eu vá e o que quer que eu faça, sem você não tem graça
É tão certo quanto calor do fogo
É tão certo quanto calor do fogo
Eu já não tenho escolha
Eu participo do seu jogo
É tão certo quanto calor do fogo
É tão certo quanto calor do fogo
Eu já não tenho escolha
Eu participo do seu jogo, do seu jogo...

segunda-feira, 4 de julho de 2011

Das dualidades...



Pensar ou Esvaziar. Luz ou Escuridão. Paz ou Tormenta. Sorrir ou Chorar. Amor ou Indiferença. Despertar ou Adormecer. Fugir ou Se entregar. Sonho ou Realidade. Luz ou Sombra. Raiva ou Serenidade. Sabedoria ou Ignorância. Sol ou Lua. Céu ou Inferno. Preto ou Branco. Chocolate ou Morango. Subir ou Descer. Aprender ou Ensinar. Amanhecer ou Anoitecer. Calar ou Falar. Sentir ou Reprimir. Praia ou Campo. Quente ou Frio. Ficar ou Partir. Este ou Aquele. Sanidade ou Loucura. Pizza ou Salada. Bossa ou Forró. Norte ou Sul. Jung ou Freud. Chuva ou Estiagem. Cão ou Gato. Arte ou Aritmética. Lutar ou Desistir. Sax Alto ou Sax Tenor. Carne ou Soja. Mente ou Corpo. Razão ou Emoção. Big-Bang ou Criação. Revelar ou Ocultar. Cinema ou Teatro. Salvar ou Condenar. Bach ou Chopin. Escrever ou Falar. Cantar ou Tocar. Bem ou Mal. Cor ou Sépia. Criança ou Adulto. Lispector ou Quintana. Oriente ou Ocidente. Solidão ou Multidão. 
Certo ou Errado. Viver ou Sobreviver.
Mutáveis aprendizes paradoxais que somos, quem conseguirá viver sem dualidades?

Listening:
O rio - Ana Carolina

Eu vou atravessar o rio a deslizar que me separa de você
O tempo atravessa em meu lugar
E deixo pra depois o que eu tinha que fazer
O destino aceito sem dizer sim ou dizer não, sem entender
E fica a sensação de saber exatamente porque menti
Eu sei de onde vim e pra onde irei, mas com você eu fico sem saber onde estou
Nós dois que sequer nos parecemos e não cabemos num mesmo espelho
Mas nos olhamos toda manhã
A ferrugem mesmo pouca corrói os trilhos
As ruas nos atravessam sem olhar pro lado estou em você
E fica a sensação de saber exatamente porque menti
Eu sei de onde vim e pra onde irei, mas com você eu fico sem saber onde estou
Eu vou atravessar o rio a deslizar que me separa de você
O tempo atravessa em meu lugar
E fica a sensação de saber exatamente porque menti
Eu sei de onde vim e pra onde irei
Mas com você eu fico sem saber onde estou
Eu vou atravessar o rio a deslizar
Que me separa de você...

sábado, 2 de julho de 2011

Das simplicidades significantes...


Como tudo significante na vida, aconteceu em um momento inesperado, em um dia inesperado, em um local inesperado. Foram poucas palavras regadas por olhos marejados:

"OBRIGADO POR NÃO TER IDO EMBORA."

sexta-feira, 1 de julho de 2011

Do sonho...


Hoje o dia começou belo...
Sonhei. Literalmente.
Uma frase dizia, em uma ficha que me pertencia, na lateral esquerda em caneta permanente preta: "Mylena HOJE é um novo dia pra você"
Como eu queria ter lido o resto da mensagem. Mas o despertador me acordou para a realidade.
6h, hora de ir trabalhar.
Há tempos não tinha sonhos nítidos, pena que perdi o restante por causa do som de Bach que saiu do meu celular...
Conheço o local, quem escreveu, o que escreveu (quase tudo), o por quê não conheço, mas...é o bastante.
Vamos despertar. 

Talvez o sonho seja real, ou a realidade apenas um sonho.


Listening:
Zeca Baleiro - Minha Casa

"É mais fácil cultuar os mortos que os vivos,
É mais fácil viver de sombras que de sóis,
É mais fácil mimeografar o passado que imprimir o futuro.
Não quero ser triste como um poeta que envelhece lendo Maiakovski na loja de conveniência,
Não quero ser alegre como o cão que sai a passear com o seu dono alegre sob o sol de domingo.
Nem quero ser estanque como quem constrói estradas e não anda...
Quero no escuro como um cego tatear estrelas distraídas...

Amoras silvestres no passeio público,
Amores secretos debaixo dos guarda-chuvas
Tempestades que não param, pára-raios que não têm, mesmo que não venha o trem não posso parar...

Vejo o mundo passar como passa uma escola de samba que atravessa,
Pergunto: "onde estão teus tamborins?"
Sentado na porta de minha casa, a mesma e única casa, a casa onde eu sempre morei..."

quinta-feira, 30 de junho de 2011

Da longa estrada...


A estrada...longa estrada cheia de sinuosas curvas parece me levar ao destino que almejo alcançar. Como um caminhoneiro que deixa para trás sua história e com sua bagagem a punho se lança rumo ao porvir, me arrisco a seguir.
Estrada nova. Estrada desconhecida. Olho para os canteiros a fim de aproveitar a jornada. O céu com nuances de azul apresenta-me o sol, que teima em se esconder pedindo ajuda ao horizonte adiante. Seus raios iluminam os meus olhos e me levam a enxergar o que me aguarda.
Esperança...Aquele caminhoneiro que não larga sua bagagem traz também consigo o desejo. Desejo de chegar ao seu porto seguro, ao lugar onde tudo faz sentido e se faz claro como a luz do sol que outrora contemplei, e contemplo.
As curvas me levam por caminhos árduos, caminhos que aparentemente podiam parecer mais fáceis, mas a dor...Ah, ela não era, não é. Os desvios me fizeram pensar que não mais chegaria, e acreditar que por planos que fugiam do meu alcance eu não merecia estar ali. E apesar dos canteiros, do céu e de tantas outras coisas, o caminho foi doloroso.
_ Não existe um viver sem marcas, tentar apagá-las é perder a própria bagagem.
E ao assim pensar, vejo que posso sim chegar. Melhor! Que estou chegando! E, percebo que o sol _aquele que ilumina a todos_ se faz presente em qualquer lugar, seja qual for o caminho. E comigo também esteve.
_ De volta pra casa _ penso ao encarar meu destino. E é tão engraçado! É um destino novo, um solo novo. Piso com cuidado, mas sinto: é a minha casa. Ali tenho paz, alegria, realização. E terei sim, momentos difíceis, mas o que há dentro de mim mostra-me que estes serão contornados. Ali tenho, e terei, plenitude. Atitude. Lutarei para permanecer.
E o Sol...Hoje o sinto mais forte. Hoje não só ele está comigo, mas em mim, me mostrando os caminhos perenes...

quarta-feira, 22 de junho de 2011

De como viver melhor...


Uma lição que às vezes aprendemos com as circunstâncias da vida, que não mima ninguém nem espera o curso de qualquer humano:
    Aprender a viver um dia de cada vez...

    Acordar de outra forma, sentir-se casada novamente (com outra pessoa), tomar o desjejum, trabalhar novamente (em trabalho diferente), conviver novamente (com pessoas diferentes), fazer tudo dentro de um dia diferente, esperar um anoitecer diferente, sentir-se diferente, morrer para reviver depois de algumas horas, mutabilidade do viver...

    Não se entra duas vezes no mesmo rio...

    Que a vida me dê a paz e a sabedoria para continuar, vivendo assim. As expectativas se esvaíram. O importante agora, é o agora. O que virá depois, daqui a um minuto que seja, pode não ser o bastante para fazer valer a pena a perda deste momento.

    "[...]Às vezes ando só trocando passos com a solidão, momentos que são meus, e que não abro mão...já sei olhar o rio por onde a vida passa sem me precipitar e nem perder a hora...escuto o silêncio que há em mim e basta! outro tempo começou pra mim agora! Vou deixar a rua me levar...[...]Tenho ainda muita coisa pra arrumar, promessas que me fiz e que ainda não cumpri...Palavras que aguardam o tempo exato pra falar...coisas minhas, talvez você nem queira ouvir...já sei olhar o rio por onde a vida passa..." (Pra rua me levar - Ana Carolina)

domingo, 19 de junho de 2011

Da miséria...


ILHA DAS FLORES
NÃO É FICÇÃO...
Sem necessidade de comentários adicionais...
Vale reflexionar...

quinta-feira, 16 de junho de 2011

Da expressão através da música...


SENSAÇÕES

Eu me perdi, perdi você
Perdi a voz, o seu querer
Agora sou somente um,
Longe de nós, um ser comum

Agora eu sou um vento só a escuridão
Eu virei pó, fotografia, sou lembrança do passado
Agora sou a prova viva de que nada nessa vida
É pra sempre até que prove o contrário

Estar assim, sentir assim
Um turbilhão de sensações dentro de mim
Eu amanheço eu estremeço eu enlouqueço
Eu te cavalgo embaixo do cair da chuva
Eu reconheço...

Que Estar assim, sentir assim
Um turbilhão de sensações dentro de mim
Eu me aqueço, eu endureço, eu me derreto,
Eu evaporo e caio em forma de chuva, eu reconheço:
Eu me transformo.


QUERO SIM

Eu tô com saudades
Da nossa amizade
Do tempo em que a gente
Amava se ver
Eu não sou palavra
Eu não sou poema
Sou humana pequena
A se arrepender
Às vezes sou dia
Às vezes sou nada
Hoje lágrima caída
Choro pela madrugada
Às vezes sou fada
Às vezes faísca
Tô ligada na tomada
Numa noite mal dormida
Se o teu amor for frágil e não resistir
E essa mágoa então ficar eternamente aqui
Estou de volta a imensidão de um mar
Que é feito de silêncio
Se os teus olhos não refletem mais o nosso amor
E a saudade me seguir pra sempre aonde eu for
Fica claro que tentei lutar por esse sentimento...
Diga sim, ouça o som
Prove o sabor que tem o meu amor
Cola em mim a tua cor
Eu te quero sim, SEM DOR...
Diga sim...

quarta-feira, 8 de junho de 2011

Da importância do calar...


"O homem arruína mais as coisas com as palavras do que com o silêncio."
(Mahatma Gandhi)
"Duas pessoas têm vivido em você por toda a sua vida. Uma é o ego, tagarela, exigente, histérico, calculista; a outra é o ser espiritual escondido, cuja silenciosa voz de sabedoria você somente ouviu ou reparou raramente - você revela em si mesmo o seu próprio guia sábio." 
(Sogyal Rinpoche)

 
Esses últimos dias foram meio "turvos" para mim. Coisas que acontecem por causa de palavras lançadas como setas em momentos de raiva. Não tenho reflexões belas a fazer, ou frases bonitas a dizer. Porque a alma humana nem sempre, nem apenas, está cheia de coisas belas. Hoje quero dizer apenas que preciso de ajuda, para que um dia eu seja compreendida. Preciso de crescimento, de maturidade, e de alguém que confie e acredite que vou conseguir o que procuro. Não preciso de setas, de ameaças, de arrependimento, nem de pena. Preciso de amor, de atenção, de alguém que me dê a mão e que queira caminhar ao meu lado na minha fraqueza, para que assim seja mais fácil me tornar forte. Sei que preciso trabalhar muita coisa em mim, e preciso de credibilidade. Preciso voltar a ser quem fui, me abrir mais para a vida, sair da concha e aproveitar o momento. Preciso me desprender e não me preocupar com quem vem e vai, sabendo que quem fica, fica porque quer. Preciso me tornar uma companhia mais agradável, para que minha presença seja desejada e não repudiada. Não sei em que momento me fechei, não sei em que momento coloquei a máscara de "assombrosa", mas nunca foi o que quis pra mim, não voluntariamente.
Esse texto é sim, sobre relacionamento. Uma coisa tão difícil, com arestas a serem aparadas e mais necessidade de reflexão antes de abrir a boca e piorar o silêncio. É sobre o meu pedido de ajuda, o meu pedido de socorro. Para que nunca mais eu precise abrir os meus ouvidos para escutar o que meu coração não tem capacidade de assimilar.
Não há culpados, apenas falta de compreensão, por enquanto. 
Espero que eu alcance a iluminação para ouvir e o dom da palavra sábia para conseguir ser compreendida...
"Me ame quando eu menos merecer,
pois é quando eu mais preciso"

terça-feira, 24 de maio de 2011

Da saudade...


Chove...O que para mim torna o dia, no mínimo, nostálgico.
Hoje tenho saudades de muitas coisas e pessoas. Saudades da minha festinha da Emília e da Moranguinho. De vovó Ofélia, que eu sempre pensei que foi direto para o céu pois só vivia de orações. Dos meus pais nos passeios de bugre nas dunas. Dos natais na casa de vovó Maria. De vovó Maria. Dos meus coleguinhas do "Mundo dos Inocentes", até hoje lembro da minha melhor amiguinha: "Pâmella Cinthya", nem sei por onde anda...Saudades...Dos desfiles no dia 7 de setembro. Da casa de tia Ana e das apresentações de Aline e Ariana no balé municipal. Das bonecas Barbie e das chuquinhas. Dos Comandos em Ação e He-man(porque eu brincava de tudo!). De Grace brincando de cara maluca comigo e indo ver (sentadas no capô do passat amarelo de papai) a Mara-maravilha desfilando na Eng. Roberto Freire... Saudades da casa de tia Marta, onde eu comia "sopa de óleo" que minha mãe não sei porque cargas d'água disse a ela que eu gostava (era o apelido para sopa batida no liquidificador) e ficava de castigo se não comesse. Das amigas Dadá e Lalá fazendo a casinha da Barbie, mais tarde saindo pro shopping, e depois ainda indo pra festa da espiga, vila-folia e outras mais...Das amigas Lyli e Illana, com quem dividi o mesmo primeiro amor...kkk. Das meninas do Marista, dos Jerns e nossas fugas para ver jogos de volley no palácio dos esportes, das Olimpíadas Champagnat, das competições de natação, das resenhas de corredor, da viagem pra Disney com a turma. Do pessoal da IPI, dos retiros, do "galera da praia", da batata-frita com coca-cola no via direta, da amiga Cleide Herculano e Clélia-bat-irmã que até hoje estão presentes mesmo de longe. Das coreografias. Saudades...Saudades da Facex, de toda a turma master, que até hoje tenta se encontrar, das "best-friends" My, Debby e Lyliane. Dos filmes na casa de Lyli. Dos movimentos peristálticos de EricaJu. Das aulas de pintura, desenho, poesia e jogos com os meninos em pleno pré-vestibular. De Jammil e suas briófitas, Daniel quando caiu da cadeira, Tchio Lipe quando era fofinho e quase afundava o piso da sala, de Nadson e suas aulas em casa pra nossa turma, de Valdênia e seus choros. Do vestibular e da sensação de ver meu nome na lista. Das festas das vaquejadas de Santana, de andar de bicicleta pelas ruas de lá, de morrer de calor. Da faculdade, dos trotes, das meninas, dos trabalhos em grupo, das fofocas na cantina do setor I. Dos reveillons na casa de Nara, da granja. Das aulas de P, M e G do professor louco de logística. De Antônio Carlos "fofaa". Da formatura até as 6h da manhã. Da escola de música, do saxofone. De "Jovendelma" e o quarteto de sax, da Jerimum Jazz onde quer que ela fosse. De tudo que vivi lá. De Márcia a louca "Mylêinn" e as idas pra "Shock"...kkk. De Patrícia "Maria" dançando companhia do calypso, de Toninho, Luquinhas e Juju que hoje já estão tãão grandes, de dona "Reta" e seu Assis e do amor que sempre tiveram por mim. Saudades.. Saudades do meu casamento, simples mas com tanto amor...do meu amor me dizendo "sim", dos amigos mais queridos e da minha família. De Babá, que cuidou de mim desde criança e é minha segunda mãe, e hoje está tão doentinha...Saudades de Laíse, do momento do nascimento de Luís Gustavo, que ela teve a confiança de dividir comigo, dos dias em cotovelo e das tantas coisas que já vivemos juntas. Dos cinemas. Das pessoas que entraram na Petrobras e que se foram. De Valéria, de Robertinha, de AP e AP ota, de Zorro, de Fortaleza.Saudades do que vivi na Petro, das coisas que aprendi. Até ainda estando lá...saudades das amigas que vou levar quando me for, de novo. De AC, de Ceci que me acompanha desde a faculdade, de Débora e da bebessaura Dudinha que ela carrega até agora no buxão e que segundo a vontade dela só vai nascer láááá pra dezembro! Saudades...a nostalgia bateu com a chuva, e com o dia do meu aniversário. Já vivi tanto...e espero viver tantas outras coisas...tenho tantas novas experiências para viver ainda! Tudo o que desejo hoje é que essa saudade das coisas boas, e até das ruins que me serviram de lição, venha a mim novamente acrescida de muitas outras lembranças daqui a uns 60 anos! Hoje tive saudades do quanto fui, sou e ainda serei feliz!

domingo, 22 de maio de 2011

Da viagem para dentro...



Ao encontrar-me com ele parei. Estática e muda diante daquele que me mostraria algo além do que qualquer pessoa poderia ver em mim... Não era um espelho qualquer, ele me mostraria além.
Medo. Adentrou pelas minhas veias e fez pulsar o coração temeroso, porém esperançoso por felicidade.
Ele me fez ver...lembranças... Felizes, por vezes drásticas e chorosas; surpreendentes, às vezes previsíveis momentos. O medo foi tomando conta de mim de forma mais brusca quando pensei que aqueles tristes momentos poderiam voltar a acontecer, afastou-se então quando pensei, que os dias felizes, os sorrisos, as surpresas, também poderiam apontar diante de mim novamente...
O espelho me mostrava o que já sabia, o que já havia vivido, como se fosse um simples dejavour...até que me veio o amanhã...
Cálido medo. O futuro, o por vir, os momentos que não conhecia. Ele me mostrou...me mostrou pessoas e lugares, conhecidos, desconhecidos, sorrisos por piadas ainda não contadas, excitação por momentos não vividos, êxtase por músicas ainda não tocadas, êxito em momentos não ensaiados, alegria por encontros não programados, lágrimas por projetos não alcançados, euforia por surpreendentes caminhos traçados... e cena por cena fui vendo aquele temeroso medo partir diante dos meus olhos, que o viram sumir com o pôr-do-sol...E percebi, que não devemos ter medo do futuro, porque ele é feito das nossas escolhas...devemos sim, ter medo de não olhar pra dentro de nós. Olhar como se fôssemos nosso maior amor, nosso melhor amante. Pois ninguém é capaz de olhar tão bem para nós como nós mesmos...e temos tanto medo de tentar...de encontrar-nos com a pessoa mais interessante da face da terra.
Era o espelho da minha alma. As portas do meu coração. E nesse espelho não há lugar para o medo, só para as escolhas...

Da prática da não-violência...

Ahimsa (em sânscrito, अहीमर ahimsâ): rejeição constante da violência e total respeito a todos os seres...

Ahimsa significa não-violência para com todos os seres.
A violência é uma fonte de sofrimento, portanto Ahimsa pode ser considerada a prática de evitar causar sofrimento a todos os seres.
Muito mais do que apenas não agredir fisicamente ou à violência física a outros, Ahimsa é primariamente a não-violência de si mesmo.
Ver a não-violência como sendo apenas o ato de não matar ou machucar alguém é uma visão limitada.
A Não-Violência real é o estado de não machucar alguém verbalmente, mentalmente e fisicamente.
Como já foi dito, o principal aspecto da prática é a ausência de agressividade interior, ou seja, a não-violência de si mesmo e a conquista do respeito próprio.
Pois, é impossível qualquer forma de respeito pleno sem a fluidez do amor.
É impossível qualquer forma de comprometimento pleno sem a percepção do amor.
Ame esse momento, cada passo, cada experiência!
E o Cosmos irá se comprometer com você.
Somente assim encontraremos o real respeito.
Aquele que observa a prática da não-violência obtém sucesso na eliminação dos sentimentos de inimizade. Com a prática continuada por longo tempo, essa ausência de inimizades vai refletir não só ao praticante, mas também em todos os arredores e a idéia de inimizade é eliminada das mentes que entrarem em contato com o praticante.

sexta-feira, 20 de maio de 2011

Da solidão...

Recebi esse texto, não foi a primeira vez...mas vale postar, apesar do autor não me apetecer tanto...(Se é que é dele mesmo...)

Estamos com fome de amor...

O que temos visto por ai ???
Baladas recheadas de garotas lindas, com roupas cada vez mais micros e transparentes.
Com suas danças e poses em closes ginecológicos, cada vez mais siliconadas, corpos esculpidos por cirurgias plásticas, como se fossem ao supermercado e pedissem o corte como se quer...
Mas???
Chegam sozinhas e saem sozinhas...
Empresários, advogados, engenheiros, analistas, e outros mais que estudaram, estudaram, trabalharam, alcançaram sucesso profissional e sozinhos...
Tem mulher contratando homem para dançar com elas em bailes, os novíssimos "personal dancer", incrível.

E não é só sexo não!
Se fosse, era resolvido fácil, alguém dúvida?
Sexo se encontra nos classificados, nas esquinas, em qualquer lugar, mas apenas sexo!
Estamos é com carência de passear de mãos dadas, dar e receber carinho, sem necessariamente, ter que depois mostrar performances dignas de um atleta olímpico na cama .... sexo de academia .. . .

Fazer um jantar pra quem você gosta e depois saber que vão "apenas" dormir abraçadinhos, sem se preocuparem com as posições cabalísticas...
Sabe essas coisas simples que perdemos nessa marcha de uma evolução cega?
Pode-se fazer tudo, desde que não interrompa a carreira, a produção...
Tornamo-nos máquinas, e agora estamos desesperados por não saber como voltar a "sentir". Só isso, algo tão simples que a cada dia fica tão distante de nós...
Quem duvida do que estou dizendo, dá uma olhada nos sites de relacionamentos como "ORKUT", "PAR-PERFEITO" e tantos outros. Veja o número de comunidades como: "Quero um amor pra vida toda!", "Eu sou pra casar!" até a desesperançada "Nasci pra viver sozinho!"
Unindo milhares, ou melhor, milhões de solitários, em meio a uma multidão de rostos cada vez mais estranhos, plásticos, quase etéreos e inacessíveis, se olharmos as fotos de antigamente, pode ter certeza de que não são as mesmas pessoas, mulheres lindas se plastificando, se mutilando em nome da tal "beleza"...

Vivemos cada vez mais tempo, retardamos o envelhecimento e percebemos a cada dia mulheres e homens com cara de bonecas, sem rugas, sorriso preso e cada vez mais sozinhos...
Sei que estou parecendo o solteirão infeliz, mas pelo contrário...
Pra chegar a escrever essas bobagens?? (mais que verdadeiras) é preciso ter a coragem de encarar os fantasmas de frente e aceitar essa verdade de cara limpa...
Todo mundo quer ter alguém ao seu lado, mas hoje em dia isso é julgado como feio, démodé, brega, mentalidade provinciana, famílias preconceituosas...

Alô gente!!! Felicidade, amor, todas essas emoções fazem-nos parecer ridículos, abobalhados...

Mas e daí?  Seja ridículo, mas seja feliz e não seja frustrado...
"Pague mico", saia gritando e falando o que sente, demonstre amor...
Você vai descobrir mais cedo ou mais tarde que o tempo pra ser feliz é curto, e cada instante que vai embora não volta mais...

Perceba que aquela pessoa que passou hoje por você na rua e te chamou atenção, talvez nunca mais volte a vê-la; ou talvez a pessoa que num primeiro momento não tenha nada a ver com o que imaginou, pode ser a mulher da sua vida...
E, quem sabe ali estivesse a oportunidade de um sorriso a dois...

Quem disse que ser adulto é ser ranzinza ?
Um ditado tibetano diz: "Se um problema é grande demais, não pense nele... E, se ele é pequeno demais, por quê pensar nele?"
Dá pra ser um homem de negócios e tomar iogurte com o dedo, assistir desenho animado, rir de bobagens e ou ser um profissional de sucesso, que adora rir de si mesmo por ser estabanado...

O que realmente não dá é para continuarmos achando que viver é out... ou in...
Que o vento não pode desmanchar o nosso cabelo, que temos que querer a nossa mulher 24 horas maquiada e que ela tenha que ter o corpo das frutas tão em moda na TV e também na playboy e nos banheiros. Eu duvido que nós homens queiramos uma mulher assim para viver ao nosso lado, para ser a mãe dos nossos filhos, gostamos sim de olhar e imaginar a gostosa, mas é só isso, as mulheres inteligentes entendem e compreendem isso.

Queira do seu lado a mulher inteligente: "Vamos ter bons e maus momentos. E uma hora ou outra, um dos dois, ou quem sabe os dois, vão querer pular fora, mas se eu não pedir que fique comigo, tenho certeza de que vou me arrepender pelo resto da vida"...

Por que ter medo de dizer isso? Por que ter medo de dizer "amo você" ou "fica comigo"? Você não tem medo? Então diga e não se importe com a opinião dos outros, seja feliz!

Antes ser idiota para as pessoas que infeliz para si mesmo!
Autor: Arnaldo Jabor [adaptado]